terça-feira, 17 de maio de 2011

18 de maio: Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração contra Crianças e Adolescentes



         
            Amanhã Governo Estadual, Prefeitura de Manaus e a Rede Evangélica Nacional de Ação Social no Estado do Amazonas – RENAS unem-se para fazer uma manifestação de combate ao abuso e à exploração contra crianças e adolescentes. A concentração será na Praça da Polícia, a partir das 7h30min, a Fanfarra da Escola Estadual Estelita Tapajós fará abertura oficial do evento com o Hino Nacional, palavras de autoridades e apresentação do Grupo de Música Pagode X7. Em seguida alunos das escolas públicas estadual e municipal em conjunto com servidores públicos iniciarão a caminhada pelas principais avenidas do centro da cidade, o percurso será acompanhado de três  trios elétrico e da trupe Cia de Artes Cristã (com pernas de pau, palhaços e malabares) o término será no Largo S. Sebastião com apresentação do Grupo de Danças do projeto Jovem Cidadão. A chamada para essa manifestação nas rádios e TVs está sendo feita pela primeira dama do estado Nejmi Aziz. E já está confirmado a cobertura do evento pela Rede Globo de Televisão.

Dados do Disque Direitos Humanos (módulo criança e adolescente), coordenado pela SDH/PR, mostram que de março de 2003 a março de 2011, o Disque recebeu 52 mil denúncias de violência sexual contra este público, sendo que 80% das vítimas são do sexo feminino.

18 de maio – O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído pela Lei Federal 9.970/00. A data marca o crime bárbaro que chocou o país em 18 de maio de 1973, em Vitória/ES, e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade que foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens de classe média alta. Esse crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune. A intenção do 18 de maio é destacar a data para mobilizar e convocar o poder público, a sociedade, terceiro setor, família e escola a participar dessa luta e proteger nossas crianças e adolescentes identificando e combatendo o problema.

A logomarca da campanha é uma flor, símbolo da infância e da vulnerabilidade infanto-juvenil frente ao abuso e exploração sexual. 

Este crime e cruel violação dos direitos humanos resultam em danos irreparáveis para o desenvolvimento físico, psíquico, social e moral das crianças e dos adolescentes suscetíveis a esse tipo de violência. Entre outras consequências, as vítimas estão sujeitas à dependência de drogas, à gravidez precoce e indesejada, a distúrbios comportamentais e doenças sexualmente transmissíveis.

Caso Araceli Cabrera Sanches Crespo

No dia 18/05/1973 a menina Araceli Cabrera Sanches Crespo, oito anos, desapareceu quando regressava do Colégio São Pedro, para a sua residência. Trajava vestido azul com blusa de manga, com as iniciais SP em vermelho. Seu pai, Gabriel Sanches Crespo, pensando tratar-se de sequestro, distribuiu fotografias da filha aos jornais. No dia 24 de maio, seu corpo, desnudo e desfigurado com ácido, foi encontrado em um terreno baldio, junto ao Hospital Infantil de Vitória. O crime aconteceu em Vitória-ES, mas chocou o país inteiro. E maior impacto causou ao se descobrir que os criminosos eram jovens rapazes da mais alta elite brasileira. . A sociedade capixaba se calou. Ninguém foi punido por esse crime hediondo.
O corpo de Araceli permaneceu no IML até outubro de 1975, quando foi enviado para autópsia no Rio de Janeiro, sendo sepultado no ano seguinte em Vitória. O perito carioca, Carlos Eboli, constatou que a causa mortis fora intoxicação exógena por barbitúricos, seguida de asfixia mecânica por compressão.

Por trás do assassinato de Araceli se escondia uma vasta rede de traficantes e consumidores de cocaína, que já agiam na rota Brasil - Bolívia desde 1968. A mãe de Araceli, Lola participava do tráfico como transportadora da droga, e posteriormente como "contato" em Vitória, no Espírito Santo.







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