sábado, 25 de setembro de 2010

O imbróglio da Ficha Limpa

Várias instituições movimentaram-se antes da corte do Supremo manifestar-se sobre a lei da Ficha Limpa, antevendo o resultado não favorável. A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP), encaminhou um manifesto em defesa da confirmação da constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar n.º 135 de 2010), entendendo que a sociedade brasileira aguardava a confirmação da constitucionalidade da Ficha Limpa pelo Poder Judiciário, "como medida de concreção do parágrafo 9º do artigo 14 da Constituição Federal, a proteger a probidade e a moralidade para o exercício dos mandatos eletivos". O documento destaca ainda a representatividade da legislação para a sociedade, uma vez que a Ficha Limpa é uma lei de iniciativa popular. "A Lei da Ficha Limpa é uma conquista da democracia brasileira, estando definitivamente incorporada às nossas instituições políticas", diz o manifesto. E agora o que temos um vergonhoso empate, mas quem acompanhou a transmissão do julgamento no Supremo, de um certo modo já previa quando os jornais deram 04 votos favoráveis e 01 voto contra, mas que ainda faltavam 05 ministros e ao ler o nome dos mesmos deu o famoso frio na barriga e o sentimento de mais uma vez dançamos.

Peculiaridades da Política Amazonense


Não é segredo para ninguém o grande carisma do Presidente Lula, revistas internacionais publicam que com o seu grande índice de aceitação ele elegeria qualquer pessoa que indicasse, prova disso é Dilma. Entretanto no Amazonas há controvérsias, pois o candidato do Presidente Lula não consegue decolar e diminuir a diferença de votos pro primeiro colocado.
Por outro lado um dos senadores historicamente mais bem votados do Amazonas não consegue transferir votos para seu candidato a Presidente, estando este em terceiro lugar, perdendo, inclusive  para a candidata do Partido Verde, esta última por sua vez já passou há muito o índice de 12% no Estado.
É aqui as coisas não acontecem de acordo com a previsibilidade e os cientistas políticos percebem isso. O caboco analisa de acordo com o seu senso, Brasília é Brasília e Amazonas é Amazonas, homem é homem, mulher é mulher, etc,etc. Então vamos esperar pra ver, há uma semana da eleição, quem sabe não temos surpresas? Quem se lembra da eleição pra prefeito de Manaus em 2004? Não havia previsão para segundo turno, muito menos que o candidato com diferença de aproximadamente 13% pro primeiro fosse eleito. Os segredos das urnas só serão revelados a partir das 17h ou quando a última seção fechar no dia 03 de outubro

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

DICAS PARA O DIA DA ELEIÇÃO


N1.   
  1. Não será  permitido celular e câmera fotógrafica, ou qualquer equipamento que possa colocar em risco o sigilo elitoral. Os pareklhos ficarão sob a resposabilidade do mesário, enquanto o eleitor estiver na urna.
  2. É Obrigatório um documento com foto e o título de eleitor. Lembrando que crachá institucional  não é considerado documento de identificação pelo TRE.
  3. O  TSE recomenda o elitor não vestir camisa pintada com o nome de candidato, partido ou coligação entretanto  boton e boné será permitido.
  4.  Voto em trânsito 1: Quem se increveu irá votar numa urna específica dentro do TRE.
  5.  Voto em trânsito 2: Se por algum motivo a viagem foi cancelada, o eleitor não poderá votar. Havendo, assim, a necessidade da justificativa do voto.
  6.  É permitida, no dia das eleições, a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos.
  7.  Aos fiscai partidários nos trabalhos de votação só é permitido que de seus crachás, constem o nome e a sigla do partido político ou coligação a que sirvam
 Mais detalhas no http://www.tre-am.jus.br/legislacao/legislacao.php

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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

FICHA LIMPA

A preocupação com a candidatura de políticos corruptos está deixando muitos brasileiros sem dormir, pois o fortalecimento da democracia se dá através da eleição de candidatos Ficha Limpa. E todos os candidatos com problema com a Lei da Ficha Limpa estão recorrendo ao Supremo Tribunal Federal, e como a leitura e decisão de cada caso é de acordo com a interpretação do ministro, isso torna-se preocupante, uma vez que eles estão divididos em relação a Lei da Ficha Limpa.

A aprovação da Lei foi o resultado da pressão do povo através de abaixo-assinado institucional e on-line. A guerra foi vencida, mas a batalha não, para que prevaleça nossa vontade participe da campanha STF: FICHA LIMPA JÁ! http://www.avaaz.org/po/ficha_limpa_supremo/?cl=745669521&v=7149

Socorro! Os fichas sujas estão gastando o meu dinheiro!

Ao ler este texto de Paulo José Cunha não poderia deixar de socializar a preocupação com candidatos Fichas Sujas que estão no ar diariamente nas rádios e Tvs.


Socorro! Os fichas sujas estão gastando o meu dinheiro!
                                                                  Paulo José Cunha*

Não sei como o STF julgará os recursos contra impugnações de candidaturas com base na Lei da Ficha Limpa. Ninguém sabe. Outro dia o Correio Braziliense arriscou uma antecipação do voto de cada ministro com base em suas decisões anteriores. Mas o resultado revelou-se inconsistente, diante da enorme quantidade de imponderáveis envolvidos na questão. Uma coisa, por exemplo, é dizer que Joaquim Roriz não pode ser candidato porque renunciou para fugir de uma cassação, e isso é previsto expressamente na lei como uma das condições para a impugnação de uma candidatura. Outra coisa, bem diferente, é o tribunal fixar posição quanto à validade da lei para esta eleição, considerando legislação anterior que fixa prazo de um ano de antecedência para que alguma nova regra eleitoral entre em vigor.

         Uma coisa é certa: embora a legislação assegure aos impugnados o direito de continuar usando o meu, o nosso – e principalmente o teu dinheiro, leitor indignado – para permanecer usando os espaços da propaganda eleitoral pelo rádio e pela tv, inclusive para constranger instâncias superiores, como o próprio STF, alguma coisa está errada aí. Outro dia um senhor me reconheceu na rodoviária. Abordou-me com um argumento simples, mas definitivo: “Se a mais alta corte da Justiça Eleitoral do Brasil, o TSE, disse que o Roriz não pode ser candidato porque é ficha suja, por que ele continua na televisão dia e noite insistindo que é ficha limpa? Ora, se o TSE é a autoridade mais alta em legislação eleitoral e uma decisão tomada por ele simplesmente não vale nada porque o candidato continua na televisão, concorrendo com os outros, gastando o dinheiro da gente na propaganda, então pra diabo que serve mesmo o TSE? Melhor acabar com ele e manter só os TREs e o STF, né não?”

         Descontada a indignação e o exagero do argumento, o que fica patente é a necessidade da revisão da legislação eleitoral no que tange ao acesso dos fichas sujas ao horário eleitoral gratuito (gratuito pra eles, porque pra nós é pago, já que nossos impostos é que bancam o festival de sandices que vemos e ouvimos nessa época).

         É mais que compreensível o argumento jurídico da perfeição do sistema que permite ao prejudicado recorrer até a mais alta corte de justiça. Mas se isso tem uma repercussão na coisa pública (o dinheiro arrecadado com nossos impostos), a primeira providência seria algo como estabelecer que “Os que tiverem negado o registro de suas candidaturas com base na lei tal (a Lei da Ficha Limpa) pela justiça eleitoral terão suspenso o seu acesso ao horário gratuito até o pronunciamento da instância superior”. Tal como ocorre com o motorista que tem sua carteira de habilitação suspensa até o julgamento final do processo em que é acusado da prática de um delito. Agora, assistir diariamente ao desfile de corruptos notórios, que se aproveitam dessa faculdade legal até para constranger o STF, é no mínimo revoltante. Ah, é a lei que garante. Então, que se mude a lei, ora. 
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Paulo José Cunha é jornalista, escritor e poeta.          

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

IV MOSTRA FOLCLÓRICA ESCOLA MUNICIPAL FIRME NA FÉ

Ao ler a revista Páginas Abertas encontrei um artigo intitulado Folclore e identidade de Marco Aurélio, neste texto ele faz uma abordagem bem sucinta e fundamenta sobre folclore: “a palavra folclore (em inglês folk-lore) foi empregada pela primeira vez em 22 de agosto de 1946. O arqueólogo inglês Willians Johns Thoms, em artigo endereçado a revista The Atheneum e assinado sob o pseudônimo de Ambrose Merton, foi o primeiro em utilizá-la. O termo abranger o que Thoms entendia por “antiguidades populares”: contos, lendas, provérbios, mitos, romances, crenças, superstições,etc. Naquele artigo, já se notava a preocupação com o desaparecimento das tradições populares face a modernização de costumes.”

Este artigo vem de acordo com a preocupação dos professores em, através da escola publica, valorizar e fortalecer a identidade do Brasil a partir da miscigenação de culturas que originaram o Folclore Brasileiro..

Com esse sentimento a escola Firme na Fé realizou sua IV Mostra Folclórica. Crianças de 04 a 14 anos foram os principais protagonistas do evento, que contou com a participação de aproximadamente 2 mil comunitários dos bairros das Alvoradas I, II e III. Dentre as apresentações estavam;

  • A Lenda Ayakamaé ( 2º Período – Profª Ana, Maranilza e Mariângela)
  • Dança Folclórica de Roda ( 1º Ano – Profª. Nazaré)
  • Dança Hula-Hula ( 1º Ano e 2º Ano – Profª. Cecília e Jeane)
  • Carimbó ( 2º Ano – Profª. Cleide e Rouselly)
  • Dança do Café ( 1º Ano – Profª. patrícia e Marilene)
  • Ciranda (2º Ano - Profª. Cleide e Rouselly)
  • O Auto – do - Boi ( 3º Ano e 4º Ano - Profª. Kádia e Pauxi)
  • Quadrilha (3º Ano e 4º Ano – Prof. Salomão e Profª. Flora)
  • Dança Country (4º Ano e 5º ano – Profª. Áurea e France)
  • Dança Cigana ( 5º ano – Profª . Ângela e Pauxi)

o auto-do-boi





O auto-do-boi conta a origem do bumbá-meu-boi, do boi-de-matraca, do boi-de-mamão e claro do boi-bumbá de Parintins, aliás, hoje do Amazonas, uma vez que o ritmo popularizou-se por todo o estado.

Na história Catirina engravida e quer comer a língua do boi. Pai Francisco para não ver seu filho nascer com cara de boi, tira a língua do boi mais querido do seu Amo. Este e sua filha Sinhazinha ficam tristes, chama a vaqueirada pra descobrir quem foi. Logo ela descobre quem foi, mas todos se juntam pra salvar a vida do boi. Chamam vários doutores, o padre e por último o Pajé que resolve o problema. Assim começa celebração da vida do boi numa grande festa.

Neste contexto foi apresentado o Boi Fezinho, através de fantoches e depois não poderia faltar a celebração com alunos, vestidos de índio, dançando o auto-do-boi.

Quadrilha



Dança que veio para o Brasil, no séc. XIX, com a elite portuguesa. Popularizou-se ao longo do século fundindo com outras danças e teve seu maior florescimento no Brasil Rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos. Hoje é difundido em todo o Brasil principalmente nos festejos juninos, julinos e agostinos.

No Amazonas há uma festa de disputa de quadrilhas no mês de agosto na cidade de Urucará. Lá os Compadres do S. José, campeão este ano, a Contra-Dança e a Sant’Ana na Roça inseriram os costumes da região Amazônica, onde o dia-a-dia de pescadores, curandeiros, mateiros, caçadores e lendas amazônicas fazem parte da apresentação. A disputa é tão acirrada quanto a do Festival Folclórico de Parintins.

A quadrilha apresentada na escola Firme na Fé, seguiu a tradição, crianças orientadas pelo professor Salomão, o marcador da quadrilha, desenvolveram variados passos, ficou muito animada e envolvente.

Ciranda




Uma dança que veio pro Amazonas no final do séc. XIX na cidade de Tefé. Entretanto sua maior representação atualmente é na cidade de Manacapuru com o Festival de Ciranda, representada pelos grupos Flor Matizada, Tradicional e Guerreiros Muras. Uma dança de origem espanhola e portuguesa que hoje tem uma forte influencia amazônica. O pássaro Carão vem a frente e é uma das grandes atrações da festa, além de figuras típicas da região, como: pescadores, lavradores, farinheiros e outros.

Na escola as Profªs. Rouselly e Cleide, capricharam em apresentar alguns passos dos casais, as roupas foram desenhadas com primor pela professora Cleide e os pais responsabilizaram-se em confeccionar. Tiveram a participação da Aluna Monitora Esmeralda que conduziu os brincantes. O trabalho em grupo gera resultados belíssimos.

Dança do Café

A dança é uma influencia dos povos Italianos que vieram trabalhar na lavoura do café. A forma que eles encontraram para amenizar o árduo trabalho da colheita, neste clima quente e tão diferente do clima da terra natal, começaram a dançar na colheita cantando. Nas rodas da noite o trabalho virou dança, onde o movimento da colheita era reproduzido.

Na dança do café a roupa lembra a vestimenta da época saia rodada com avental e lenço na cabeça para as mulheres e para o homem calça, camisa de punho com lenço no pescoço. O principal adereço é a peneira, instrumento utilizado na colheita do café. As professoras Patrícia e Marilene fizeram a pesquisa e apresentaram as crianças de 06 a 08 anos à comunidade presente.

Hula-Hula

Dança originária dos povos havaianos, cada movimento tem significado próprio,normalmente relativo as lendas e ao amor à Mãe Natureza, mas também refere-se a sentimentos de amor ou ódio. A dança é para os havaianos uma reflexão humana. Essa tradição foi passada de geração a geração. Devido a grande demanda de turistas nas ilhas havaianas a dança foi adaptada para recepcionar seus visitantes com mensagens de boas vindas.

A professora Jeane Nóbrega e Cecília Lopes apresentaram esse ritmo musical com crianças do 1º ano do ensino fundamental.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O CARIMBÓ – IV MOSTRA FOLCLÓRICA FIRME NA FÉ




Na Mostra Folclórica deste ano o carimbo teve seu destaque.


Carimbó é uma música/dança paraense que tem como um de seus principais representantes a figura do Pinduca. Pinduca, o Rei do Carimbó, chama a atenção com o seu chapéu cheio de ervas e mandigas vendidas no Mercado Ver-o-Peso no Pará, aliás foi esse chapéu que transformou seu nome de Aurino Quirino o Noca em Pinduca.

Carimbó é um gênero musical de origem indígena com miscigenação negra, seu nome tupi refere-se ao tambor marcador do ritmo, originalmente feito com tronco de árvores. A partir desse ritmo musical Pinduca criou outros, como: Sirimbó, Lári-Lári, Lambada e Lamgode.


Bebendo nessa fonte de conhecimento as professoras Rouselly Cavalcante e Cleide Souza coloriram a IV MOSTRA FOLCLÓRICA, as crianças estavam maravilhosas, bem vestidas e ritmadas.