terça-feira, 19 de outubro de 2010

Prática Pedagógica: Construção de Texto, teatro, e Meio Ambiente


O trabalho foi desenvolvido com alunos de 8º ao 9º Ano, o Componente Curricular era Artes, teve como base Lendas Amazônicas, Biografia e obra de escritores Amazonenses e textos, vídeos,  imagens dos crimes ambientais na região. A partir desses três conteúdos os alunos teriam que fazer um texto fictício, no gênero teatro, de Proteção a Amazônia. A biblioteca, o Laboratório de Informática e a TV Escola serviram de fonte de pesquisas. Além disso, os alunos visitaram o Aterro Sanitário, Igarapés que entrecortam Manaus e o Centro Histórico da cidade, mais precisamente o Largo S. Sebastião, seu entorno e Teatro Amazonas. Mais de 250 alunos participaram, foram montadas equipes de cinco alunos a partir de suas afinidades. Tinha um coordenador e um relator eleito por eles.
Com a fundamentação teórica nos passamos a conhecer algumas obras de teatro para que eles entendessem como é estruturado uma peça, o que é e como o narrador aparece no texto, personagens e compreensão de tempo, espaço e local onde se dá a história.
Demos inicio a construção do texto em sala de aula. Cada grupo criava um problema ambiental e depois procurava solucionar com a participação de um personagem da lenda e de um escritor Amazônico. Todos os animais da região no texto deveriam ter vida, sentimentos e fala. Com o problema, a solução e a definição dos personagens passamos à construção dos roteiros. Nós liamos e ouvíamos a colocação das palavras fazendo a revisão do texto durante um bimestre, depois o trabalho foi ilustrado e encadernado.
Quando a Fiocruz abriu a inscrição para a 2ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, não tive dúvida quanto a participação, comuniquei todas as turmas, selecionei um trabalho e comuniquei que se caso fossemos escolhidos na Região Norte apenas um aluno viajaria para o Rio, então antes mesmo de sair o resultado eles já sabiam quem iria, comuniquei o responsável e solicitei a declaração de que deixaria seu filho viajar comigo, com o cuidado de deixar claro que era um concurso onde havia mais de 200 participantes, entre escolas públicas, privadas e técnicas e que poderíamos não ir também. Para minha surpresa uns seis meses depois saiu o resultado do trabalho, já não trabalhava mais na escola, mas fui lá e em conjunto com a diretora resolvemos todas as questões necessárias a viagem e depois viajei com Elias para o Rio. Onde participamos da Expointerativa e eu do Congresso Internacional de Museus. Elias nunca tinha viajado, assim como muitos outros alunos do Brasil que estavam por lá, levei-o ao Corcovado, Urca, Maracanã, Catedral e, claro, Copacabana. Tenho certeza que além do ganho pedagógico com essas mais de 200 crianças, principalmente, Elias teve sua vida transformada. Desse universo de professores e alunos de todas as regiões do Brasil cultivo a amizade de professores no Ceará, Tocantins e de um aluno de alagoas o Ton, que hoje tá terminando sua graduação, está casado e é pai. Legal não? Então colegas se você quiser divulgar uma prática pedagógica o espaço é seu.

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