É isso aí companheiros, comemorar 40 anos é celebrar a vida que tentei pautar pela luta social e ética. Muito cedo, aprendi a lutar pelos meus direitos e de meus colegas de sala de aula, sendo líder de sala. Aos treze já estava correndo de polícia, lutando pelo direito da meia passagem, e viabilizando o movimento dentro do Colégio Benjamin Constant, pois a liderança da UESA foi proibida de entrar por um cinturão de polícia de choque que ficava na frente do colégio pedindo nossa identificação. Era revoltante e indignante. Essa indignação me move ate hoje.
Aos dezessete já ingressava na militância do PCB, como simpatizante atuante. Fazia parte da ala jovem do partido junto com Carril, Zezinho e CIA.
Com companheiros Urucaraenses, fundei a Associação dos Urucaraenses e Amigos-Asuram. Como Presidente, fui responsável pelo maior movimento eleitoral dessa Associação. Nunca tantos urucaraenses mobilizaram-se, fora da cidade, para escolher um representante, jovens e idosos acreditavam no sonho. Pessoas chegavam carregadas e/ou em cadeira de roda. Queriam mudanças para a cidade, mesmo que começasse daqui pra lá. Votaram mais de mil pessoas, e outras tantas passaram pelo local de votação. A ASURAM não deu certo, paciência, fizemos a nossa parte.
Com o assassinato do meu pai, eu e meus irmãos (Ana, Kátia, Kardec, Kleber e Keila, cunhados: Holace, Noemi, Joice) nos juntamos para fazer um trabalho de esporte com jovens de Urucará, comunidade do Castanhal, onde meu pai nasceu. Em oito anos mobilizamos tios (Artur/Mário/José Alberto/Dionéia/ Pedro/Dorotéia/Dulcimar - Libórios), primos e amigos, que acreditavam no nosso sonho, e fizemos a Copa Prof. Valdino - Por um Mundo de Paz, esse era o tema, sendo assim sempre premiamos o torneio com material esportivo.
Foi com todos estes sentimentos que na última sexta-feira, 28.08, comemorei meus 40 anos com o tema Safra 80. Pois em meio a toda a movimentação política como o fim da Ditadura Militar, Diretas Já, Eleição Presidencial (Lula lá, brilha uma estrela ... - hit dos engajados politicamente), Queda do Muro de Berlim, Fim da Guerra Fria, entre outros havia divertimento e cultura, muita cultura. Também, não poderia deixar de registrar que nessa década o Garantido foi Penta-Campeão; o Flamengo Campeão do Mundo; nós tínhamos a seleção do futebol arte, não ganhou, mas sem dúvida alguma inesquecível; havia a equipe de prata do vôlei com o viagem ao fundo do mar e o jornada nas estrelas; o basquete de Oscar e CIA ganhou dos EUA, dentro da sua própria casa. Puxa cada lembrança boa.
Na área cultura a musicalidade dos filhos da ditadura explodia. Filhos de classe média, de diplomatas, de políticos e de militares iniciavam o movimento rock pop, rock punk...Com influência das bandas que agitaram e fizeram a trilha sonora dos então jovens, de 1968/69 e 70, e agora pais. A história da revolução voltava a se repetir, mas agora a revolução não era mais armada, mas acima de tudo musical. No meio dessas bandas e cantores, surgiam gênios da poesia/filosofia musical como Cazuza, Renato Russo, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Herbert Viana, Lobão.. E ainda, bandas e músicos de um único sucesso.
Se saía do Cinema ou quisesse esticar a noite depois do Armando tinha o Consciente. Música ao vivo. Os freqüentadores tinham oportunidade de ouvir no barzinho: Torrinho, Célio Cruz, Pereira, Cileno, Lucinha Cabral, Celito. Além deles, nomes nacionais como de Nilson Chaves e Boca Livre. Era comum ter vernissage, principalmente de Arnaldo Garcez e recitações. Foram grandes nomes que iniciram nos bares, entretanto, sem perder a objetividade, o profissionalismo. O Consciente, também, tinha uma banda que saia pelas ruas do centro de Manaus no dia 31 de dezembro, cheia de bichices.
Na década de 80, lembro com muito carinho, também, da turma que passava o carnaval em Urucará, a excursão era coordenada pelo Frank. Então, eu passava o ano todo aqui, mas o carnaval tinha que ser lá. Nesse grupo estavam Jean, Ico, Bosquinho, Kátia, Kleber, Kardec, Pelecadas, Tânia, Mita, Ricardo, Louro, Legue, etc. Fiz questão de reencontrá-los, porque não temos como esquecer essa época e as milhões de histórias de quase uma década de carnaval em Urucará. Não posso deixar de mencionar o final da noite, ou o início da manhã? Não sei, quem quiser interpretar que interprete. Mas, o fato é que a minha mãe preparava uma imperdível e deliciosa sopa, fazia parte do ritual ir a minha casa. A diretoria trazia de vez em quando um convidado para a sopa, que passava pela aprovação, é claro, dos membros, entretanto houve pouquíssimos vetos, o teor etílico era generoso.
Com toda esta história e com o compromisso social inerente a minha pessoa, é que, nesta data especial, lancei a campanha Gibiteca na Escola Pública. Com as doações, no dia da festa e outros gibis que estou doando, estaremos entregando os cem primeiros livrinhos em breve. Esclareço, que esta campanha me acompanhará, a partir de agora, por toda a vida. Não posso desacreditar, como educadora, que o Brasil pode ser mudado através da leitura. Há a real necessidade de melhorar o índice brasileiro de analfabetos e analfabetos funcionais. Tornando pessoas mais críticas.
Nesta celebração da vida, convidei todas as pessoas que já militaram comigo nos mais diferentes fronts e que também souberam viver a vida. Além de destacar, carinhosamente, a presença da minha mãe, D. Dora, que veio de Urucará para cá. Sendo assim brindo a todos, e, até o próximo ano se Deus quiser.
Esse perfil de luta deve-se a formação familiar, que sempre pautou pela educação, harmonia, solidariedade, respeito, honestidade entre tantos outros valores e aos amigos que ao longo da vida foram multiplicando-se.
Foi com todos estes sentimentos que na última sexta-feira, 28.08, comemorei meus 40 anos com o tema Safra 80. Pois em meio a toda a movimentação política como o fim da Ditadura Militar, Diretas Já, Eleição Presidencial (Lula lá, brilha uma estrela ... - hit dos engajados politicamente), Queda do Muro de Berlim, Fim da Guerra Fria, entre outros havia divertimento e cultura, muita cultura. Também, não poderia deixar de registrar que nessa década o Garantido foi Penta-Campeão; o Flamengo Campeão do Mundo; nós tínhamos a seleção do futebol arte, não ganhou, mas sem dúvida alguma inesquecível; havia a equipe de prata do vôlei com o viagem ao fundo do mar e o jornada nas estrelas; o basquete de Oscar e CIA ganhou dos EUA, dentro da sua própria casa. Puxa cada lembrança boa.
Na área cultura a musicalidade dos filhos da ditadura explodia. Filhos de classe média, de diplomatas, de políticos e de militares iniciavam o movimento rock pop, rock punk...Com influência das bandas que agitaram e fizeram a trilha sonora dos então jovens, de 1968/69 e 70, e agora pais. A história da revolução voltava a se repetir, mas agora a revolução não era mais armada, mas acima de tudo musical. No meio dessas bandas e cantores, surgiam gênios da poesia/filosofia musical como Cazuza, Renato Russo, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Herbert Viana, Lobão.. E ainda, bandas e músicos de um único sucesso.
Por aqui o Festival Universitário e o Fecani agitavam a cultura local. Já a noite de Manaus era fantástica, uma província gostosa, todos se conheciam e iam para os mesmos bares. Se quisesse ver o fim da tarde e conversar com pessoas bem informadas, intelectualizadas tinha o Bar do Armando. Sair do Teatro Amazonas e não esticar até lá, era o cúmulo. E nessa época, nas mesas do Armando várias decisões políticas foram tomadas, os políticos eram freqüentadores do lócus. Hoje, infelizmente, os políticos fogem de seus eleitores como o diabo foge da cruz. E nesse clima, esquerda festiva, foi fundada a Banda Independente da Confraria do Armando-Bica, que fará 24 anos em 2010.
Se saía do Cinema ou quisesse esticar a noite depois do Armando tinha o Consciente. Música ao vivo. Os freqüentadores tinham oportunidade de ouvir no barzinho: Torrinho, Célio Cruz, Pereira, Cileno, Lucinha Cabral, Celito. Além deles, nomes nacionais como de Nilson Chaves e Boca Livre. Era comum ter vernissage, principalmente de Arnaldo Garcez e recitações. Foram grandes nomes que iniciram nos bares, entretanto, sem perder a objetividade, o profissionalismo. O Consciente, também, tinha uma banda que saia pelas ruas do centro de Manaus no dia 31 de dezembro, cheia de bichices.
Bom, mas depois de rodar tantos outros bares da cidade o ideal era findar a noite no Paulo`s Bar, que tinha som ao vivo dançante com Maca e Renatinho. Foi lembrando esses locais que cada mesa da festa, Safra 80, tinha um cardápio com os seus nomes, permeado de lembranças de casos, causos e acima de tudo pessoas, como Celeste, Celestial... Dentre os bares: Arte´s Drinks, Asa Delta, Tarugos, Clube da Esquina, Bar do CREA, Caranguejo, Galvez e início de 90 TapereBar(Michelle).
Na década de 80, lembro com muito carinho, também, da turma que passava o carnaval em Urucará, a excursão era coordenada pelo Frank. Então, eu passava o ano todo aqui, mas o carnaval tinha que ser lá. Nesse grupo estavam Jean, Ico, Bosquinho, Kátia, Kleber, Kardec, Pelecadas, Tânia, Mita, Ricardo, Louro, Legue, etc. Fiz questão de reencontrá-los, porque não temos como esquecer essa época e as milhões de histórias de quase uma década de carnaval em Urucará. Não posso deixar de mencionar o final da noite, ou o início da manhã? Não sei, quem quiser interpretar que interprete. Mas, o fato é que a minha mãe preparava uma imperdível e deliciosa sopa, fazia parte do ritual ir a minha casa. A diretoria trazia de vez em quando um convidado para a sopa, que passava pela aprovação, é claro, dos membros, entretanto houve pouquíssimos vetos, o teor etílico era generoso.
Com toda esta história e com o compromisso social inerente a minha pessoa, é que, nesta data especial, lancei a campanha Gibiteca na Escola Pública. Com as doações, no dia da festa e outros gibis que estou doando, estaremos entregando os cem primeiros livrinhos em breve. Esclareço, que esta campanha me acompanhará, a partir de agora, por toda a vida. Não posso desacreditar, como educadora, que o Brasil pode ser mudado através da leitura. Há a real necessidade de melhorar o índice brasileiro de analfabetos e analfabetos funcionais. Tornando pessoas mais críticas.
Oportunamente, agradeço aos amigos que aderiram a campanha, e o fato de acreditarem em mim e nos meus sonhos coletivos, doando os gibizinhos solicitado no convite. Pra vocês Raul Seixas: " um sonho que sonha só, é só um sonho. Um sonho que se sonha junto é realidade..." Obrigada.
Nesta celebração da vida, convidei todas as pessoas que já militaram comigo nos mais diferentes fronts e que também souberam viver a vida. Além de destacar, carinhosamente, a presença da minha mãe, D. Dora, que veio de Urucará para cá. Sendo assim brindo a todos, e, até o próximo ano se Deus quiser.
Ao Alfred que voltou de suas peregrinações para comemorar comigo esta data: um carinho especial. E... Preta , amiga, valeu!!!!
Salve Jorge!!!!!
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