segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Rio de Janeiro um sonho possível


Foi preciso a vontade de fazer diferença e fortalecer o Estado para que o Rio ocupasse seu território que estava sendo dirigido por um estado paralelo de traficantes e bandidos fortemente armados, que utilizavam o povo oprimido como escudo humano. A decisão do Governador de retomada do seu território deu esperanças ao mundo de que o sonho de um estado inclusivo, humano e de direito é possível. Numa forte estratégia polícias estaduais, grupos de elite das forças armadas e da Polícia Federal garantiram o sucesso da operação. As imagens mostram uma enorme quantidade de bandidos fugindo por uma estrada de bairro e pela mata no alto do morro. Muitos foram presos, outros estão foragidos ou tentam infiltrar-se na sociedade para passarem como cidadãos de bem. A permanência dos polícias poderá garantir a segurança da população. Essa medida drástica mostra que quando o estado quer faz. A esperança pela melhoria das políticas públicas permanece, mais forte do que antes.

Adeus a Maria Santana Marques

Ela deixou entre tantos feitos  importantes o  exemplo da força da  mãe na congregação da família. Mas também, como todos que vivem com amor, o sentimento puro e profundo pela sua comunidade, Urucará e principalmente o bairro que ajudou a construir o São José, ou para os poucos conhecedores  Rabo da Onça e para os raríssimos fundadores Bairro do Cajual. Ela nasceu e viveu lá por longos 88 anos. Foi líder e presidente comunitária.  O bairro não tinha um santo padroeiro, então ela sugeriu o marceneiro, construtor e pai do filho de Deus: São José, devota ajudou a construir a capela. Mais tarde esse nome passaria a ser oficialmente o nome do Bairro. Devido a sua devoção era a principal responsável pela realização dos festejos do Santo. Numa cozinha de farinha que tinha em seu quintal preparava todas as galinhas do leilão, isso fez com que sua culinária fosse apreciada por todos os urucaraenses, um dos requisitos para alguém leiloar frangos era verificar se tinham sido feitos pelas mãos de Maria Santana.
Mulher festeira, ajudou a construir, também a sede do bairro, bem como colocou bloco de carnaval na rua como o da Camélia. A quadrilha Compadres do São José, campeã 2010, não esquece que todas as noites ela estava sentada na esquina para vê-los ensaiar e chamar atenção quando distraiam-se com brincadeiras, ela sempre lembrava que assim não poderiam ser campeões, dede já ela já é motivo de saudades para esse grupo de jovens da comunidade.
O dia das Mães era  celebrado com muita festa e todos os familiares iam para o almoço em sua casa pra serem abençoados e, claro, homenageá-la. O Natal era tradicionalmente comemorado na rua com todos os vizinhos e sempre coordenado por ela, dentre suas preferencias nas festas estava um delicioso vinho para brindar com os amigos. Essa grande matriarca, filha de João Libório e Severiana Santana, deixou muito amor,  11 filhos, 51 netos, 78 bisnetos e 15 tataranetos!! A título de informação o Sr. João Libório foi irmão de Artur Libório e Militinho Libório.
No último domingo, 28/11/2010 centenas de pessoas foram à igreja se despedir de Maria Santana, principalmente os moradores do Bairro de S. José. Entretanto, fica o triste registro de que uma mulher desse porte não tenha sido prestigiada no momento de sua despedida pelas autoridades da cidade. E nesse momento que nos perguntamos se realmente as pessoas que dirigem a cidade conhecem sua história e seus fundadores? 
Há família de Maria Santana publico meus sentimentos, reverencias e  o valor que dou a essa senhora que deixou muita saudade e exemplo de vida. Uma vida pautada pela melhoria da qualidade de vida e inclusão social.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Uma pescaria e tanto

Que pescador amador não sonha em pegar um peixe gigante. Pois é, isso aconteceu recentemente com um casal de pescadores amadores, os dois deixam qualquer coisa pra garantir esse prazer, daqueles que compram varas diferenciadas, luvas, coletes, etc.etc, e... aceitam convites. Foi assim que a convite de Kleber –Noemi Lobão foram para Urucará. Fominhas como ninguém chegaram à cidade, instalaram-se no Hotel e imediatamente desceram em direção ao rio. No dia seguinte, acordaram cedo para pescarar a iscas (peixes pequenos),  com  Kleber Lobão e o cicerone, amante de uma boa pescaria (currico, vara, rede, mergulho, etc), Junior Marreca. Pouco mais de 5 min de voadeira chegaram à frente do Pedral do Lera. Lá Bosco e Nôra começaram sua saga, joga -puxa-joga linha e claro os demais membros da equipe. Nisso Nôra enrolou sua linha e pediu ajuda do marido, que como um bom cavalheiro e esposo, prontamente foi ajudá-la a desenrolar a linha  e como não se pode assobiar e chupar manga, deu sua linha pra Nôra segurar. Foi aí que aconteceu o que todo bom pescador sonha, Nôra fisgou o peixe. Não conseguindo puxá-lo devolveu alinha a Bosco, que durante 30 minutos ficou lutando com o peixe. Quando o peixe chegou perto foi a grande surpresa e felicidade era um piramutaba de aproximadamente 36 quilos.
Hoje a dúvida está em que pegou o peixão. Nôra diz que foi ela , uma vez que o peixe foi fisgado exatamente quando a linha do Bosco estava em suas mãos. Bosco por sua vez diz que não, já que a linha era dele e ele apenas deu pra ela segurar enquanto desenrolava sua linha de pesca, além de que foi ele quem tirou o peixe d`água. Como toda boa história de pescador, a discussão segue sempre que o assunto vem a tona. Bom, mas, de qualquer forma, tenho certeza que os quatro que estavam no bote devem ter ficado com a adrenalina a mil na hora. E neste caso é bom lembrar o que meu grande parceiro de pesca e pescador nato, Holace Guimarães, diz em relação  à pescaria em grupo: “quem pesca é a equipe”.
Sendo assim apresento a grande estrela da festa a piramutaba ao lado de uma criança de 05 anos de idade, vejam que na mão da criança estão as iscas da pescaria, dois aracus.
Piramutaba

Piramutaba

Biodiversidade ameaçada


Leito seco do Lago do Taboari com Itâ
 Ainda não foi confirmado se a grande vazante da região Amazônica é influencia do aquecimento global, mas o certo é que em pouco menos de cinco anos tivemos duas grandes vazantes e grande parte dos imensos rios da Amazônia viraram praias ou terras rachadas. Por outro lado tivemos duas grandes enchentes seguidas. Isso causa um profundo desiquilíbrio na natureza. Diferentes ecossistemas são afetados e o período para a recuperação dos mesmos é pequeno. Foi isso que foi constatado no Lago do Taboari, o que de longe parecia folha seca na margem do lago, de perto era uma espécie de molusco da água doce, o itã. Centenas de milhares de conchas vazias no antigo leito do lago. O odor que exalava era de podridão e a água estava quente, escura e mal cheirosa.

 Portanto, independente da confirmação científica temos que fazer a reflexão: estamos fazendo nossa parte para não contribuir com o aquecimento global? Ou como posso contribuir para a preservação do planeta? Da vida?
Itã
S. Donald mostrando o Itã

Lago do Taboari


Praia no meio do lago

Quem nasceu em Urucará ou quem vai até lá jamais deixa de conhecer o Taboari, que é um lago, dividido em Taboarizinho e Taboari Grande. Antes excelente pra curricar, tipo de pesca que você joga a isca, viva ou não, e fica segurando a linha enquanto o bote navega lentamente até fisgar um peixe, normalmente tucunaré ou bagre. Hoje já não se pega peixe tão facilmente nessa técnica, mas ainda é possível, com muita paciência. Entretanto há sempre um cóio (esconderijo) de pacú, jaraqui, etc que os pescadores locais frequentam, neste caso pescam com vara ou rede. Porém, além disso, o que sempre encantou no Taboari, são suas imensas praias de areis branquinha e suas águas escuras e fria. 
O córrego pra entrar no Taboari

Praia no meio do lago

O que impressionou nessa vazante foi a quantidade de areia em que a entrada do lago se transformou, ficando apenas um filete de água. Seus moradores deixam suas canoas na entrada do lago e o restante do percurso caminham por horas pra chegarem em casa.


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Desenhos no pedral de Urucará


Rosto esculpido no Pedral de Urucará
Desenho no Pedral - Urucará
Desenho no Pedral de Urucará

Há muito tempo que o rio não baixava tanto, com isso deixou a mostra riquezas submersas, entre elas as últimas pedras do pedral que fica bem próximo da cidade de Urucará. Nelas podem ser visto várias caretas esculpidas na pedra. O interessante é que elas têm os traçados parecidos e deve ter sido feita quando aquelas pedras ainda eram um solo argiloso, pois parece ter sido feito com dedos ou  objeto com a ponta roliça. Segundo relato do Senhor Donald Cunha, 78 anos, havia outra ainda maior com os mesmo desenhos, mas há época da construção das ruas da cidade na década de 80, ela foi quebrada. Neste caso é importante que a cidade desenvolva políticas de preservação do seu patrimônio cultural através de um Museu ou instituto semelhante objetivando resgatar  a identidade dos povos que moraram na região.
Pedral de Urucará

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Estratégias de Navegação


Guias de Navegação na Amazônia
Os barcos regionais que viajam na região Amazônica, e saem do principal rio da região, precisam de estratégias de navegações nos seus afluentes. É o caso do Almirante Guimarães que faz viagem  entre Urucará e Manaus. Não podendo mais sair pelo Paraná de Urucará desce o rio, até próximo à Parintins, e entra no Rio Amazonas. Mas, para chegar até lá, necessita de uma embarcação menor, de alumínio, os encarregados da viagem mais experientes, com uma vara na mão, vão orientando o prático a não sair do canal do rio. Qualquer deslize acarreta, de imediato, prejuízos enormes e pode colocar a vida dos passageiros em risco. 
Seca na Amazônia 2010

Seca e Terras caídas na Amazônia 2010